Durante o período imperial do Brasil, as representações nas moedas eram fortemente associadas à figura da monarquia e à identidade emergente do novo país independente. O real, que se tornou a moeda oficial após a Independência, era adornado com símbolos significativos, como o brasão de armas do Império e a efígie dos imperadores, refletindo a centralidade da realeza na estrutura estatal. A moeda servia como um destaque das aspirações de uma nação que buscava se afirmar entre as nações do mundo.
Com a transição para a República em 1889, houve uma necessidade de reconstruir a identidade nacional, agora sob novos ideais de liberdade e progresso. Essa mudança foi refletida na iconografia das moedas, que passaram a exibir símbolos novos, como a figura da República, comum em outros países latino-americanos que haviam adotado sistemas republicanos. Era uma mulher adornada com um barrete frígio, simbolizando a busca pela autonomia e uma nova direção para o país.
Assim, o período republicano procurava enfatizar o otimismo e o futuro, naquela que era uma nova era para a sociedade brasileira. Afinal, a escolha dos símbolos em cada moeda não era apenas uma questão estética, mas um meio de reforçar a narrativa de um país que via na ordem republicana uma plataforma para seu desenvolvimento.
As mudanças nas moedas ao longo dos anos também refletiram a evolução cultural e social do Brasil. A série de moedas emitidas apresentou não apenas figuras históricas de importância, mas também elementos da fauna e flora nacionais, promovendo a riqueza natural do país. As moedas são, portanto, mais do que um meio de troca; elas são uma janela para o passado e uma expressão da identidade e valores de cada era.